segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Doença do Esquecimento.


Mal de Alzheimer

Alzheimer
Star of life caution.svg Aviso médico
Classificação e recursos externos
Alzheimer dementia (3) presenile onset.jpg
Imagem histopatológica de agregados da proteína beta-amilóide observados no córtex cerebral de um paciente com a doença de Alzheimer. Sombreamento metálico.
CID-10 G30., F00.
CID-9 331.0, 290.1
OMIM 104300
DiseasesDB 490
MedlinePlus 000760
O mal de Alzheimer, ou doença de Alzheimer ou simplesmente Alzheimer é a forma mais comum de demência.Também subentende-se por doença de Alzheimer a doença cuja não tem cura. Esta doença degenerativa, de momento, incurável e letal, foi descrita, pela primeira vez, em 1906, pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer, de quem herdou o nome. Esta doença afecta geralmente pessoas acima dos 65 anos,[1] embora esta patologia seja possível também em pessoas mais novas.
Em 2006, o número de portadores de Alzheimer diagnosticados era de cerca de 15 milhões de pessoas em todo o mundo.
Cada paciente de Alzheimer sofre a doença de forma única, mas existem pontos em comum, por exemplo, o sintoma primário mais comum é a perda de memória. Muitas vezes os primeiros sintomas são confundidos com problemas de idade ou de estresse. Quando a suspeita recai sobre o Mal de Alzheimer, o paciente é submetido a uma série de testes cognitivos. Com o avançar da doença vão aparecendo novos sintomas como confusão, irritabilidade e agressividade, alterações de humor, falhas na linguagem, perda de memória a longo prazo e o paciente começa a desligar-se da realidade. As suas funções motoras começam a perder-se e o paciente acaba por morrer.
Antes de se tornar totalmente aparente o Mal de Alzheimer vai-se desenvolvendo por um período indeterminado de tempo e pode manter-se não diagnosticado durante anos. Menos de três por cento dos diagnosticados vivem mais de 40 anos depois do diagnóstico.
Em 2009, cientistas do Reino Unido e França anunciaram a descoberta de três genes [clusterina (ou CLU), PICALM e CR1] que poderiam reduzir em até 20% seus índices de incidência na população.


Sintomas

A evolução da doença está dividida em quatro fases.

Primeira fase dos sintomas

Os primeiros sintomas são muitas vezes falsamente relacionados com o envelhecimento ou com o estresse. Alguns testes neuropsicológicos podem revelar muitas deficiências cognitivas até oito anos antes de se poder diagnosticar o Mal de Alzheimer por inteiro. O sintoma primário mais notável é a perda de memória a curto prazo (dificuldade em lembrar factos aprendidos recentemente); o paciente perde a capacidade de dar atenção a algo, perde a flexibilidade no pensamento e o pensamento abstrato; pode começar a perder a sua memória semântica. Nessa fase pode ainda ser notada apatia, como um sintoma bastante comum. É também notada uma certa desorientação de tempo e espaço. A pessoa não sabe em que ano está, em que mês, em que dia.

Segunda fase (demência inicial)

Uma pequena parte dos pacientes apresenta dificuldades na linguagem, com as funções principais, percepção (agnosia), ou na execução de movimentos (apraxia), mais marcantes do que a perda de memória. A memória do paciente não é afetada toda da mesma maneira. As memórias mais antigas, a memória semântica e a memória implícita (memória de como fazer as coisas) não são tão afectadas como a memória a curto prazo. Os problemas de linguagem implicam normalmente a diminuição do vocabulário e a maior dificuldade na fala, que levam a um empobrecimento geral da linguagem. Nessa fase, o paciente ainda consegue comunicar ideias básicas. O paciente pode parecer desleixado ao efetuar certas tarefas motoras simples (escrever, vestir-se, etc.), devido a dificuldades de coordenação.

Terceira fase

A degeneração progressiva dificulta a independência. A dificuldade na fala torna-se evidente devido à impossibilidade de se lembrar de vocabulário. Progressivamente, o paciente vai perdendo a capacidade de ler e de escrever e deixa de conseguir fazer as mais simples tarefas diárias. Durante essa fase, os problemas de memória pioram e o paciente pode deixar de reconhecer os seus parentes e conhecidos. A memória de longo prazo vai-se perdendo e alterações de comportamento vão-se agravando. As manifestações mais comuns são a apatia, irritabilidade e instabilidade emocional, chegando ao choro, ataques inesperados de agressividade ou resistência à caridade. Aproximadamente 30% dos pacientes desenvolvem ilusões e outros sintomas relacionados. Incontinência urinária pode aparecer.

Quarta fase (terminal)

Durante a última fase do Mal de Alzheimer, o paciente está completamente dependente das pessoas que tomam conta dele. A linguagem está agora reduzida a simples frases ou até a palavras isoladas, acabando, eventualmente, em perda da fala. Apesar da perda da linguagem verbal, os pacientes podem compreender e responder com sinais emocionais. No entanto, a agressividade ainda pode estar presente, e a apatia extrema e o cansaço são resultados bastante comuns. Os pacientes vão acabar por não conseguir desempenhar as tarefas mais simples sem ajuda. A sua massa muscular e a sua mobilidade degeneram-se a tal ponto que o paciente tem de ficar deitado numa cama; perdem a capacidade de comer sozinhos. Por fim, vem a morte, que normalmente não é causada pelo Mal de Alzheimer, mas por outro fator externo (pneumonia, por exemplo).

Histopatologia

A base histopatológica da doença foi descrita pela primeira vez pelo neuropatologista alemão Alois Alzheimer1909, que verificou a existência juntamente com placas senis (hoje identificadas como agregados de proteína beta-amilóide), de emaranhados neurofibrilares (hoje associados a mutações e consequente hiperfosforilação da proteína tau, no interior dos microtúbulos do citoesqueletoneurocognitivas, e na ausência de evidência de compromisso ou lesão intra-vascular, permitiram a Alois Alzheimer caracterizar este quadro clínico como distinto de outras patologias orgânicas do cérebro, vindo Emil Kraepelin a dar o nome de Alzheimer à doença por ele estudada pela primeira vez, combinando os resultados histológicos com a descrição clínica. em

Fisiopatologia

Caracteriza-se clinicamente pela perda progressiva da memória. O cérebro de um paciente com a doença de Alzheimer, quando visto em necrópsia, apresenta uma atrofia generalizada, com perda neuronal específica em certas áreas do hipocampo, mas também em regiões parieto-occipitais e frontais.
A perda de memória causa a estes pacientes um grande desconforto em sua fase inicial e intermediária. Já na fase adiantada não apresentam mais condições de perceber-se doentes, por falha da auto-crítica. Não se trata de uma simples falha na memória, mas sim de uma progressiva incapacidade para o trabalho e convívio social, devido a dificuldades para reconhecer pessoas próximas e objetos. Mudanças de domicílio são mal recebidas, pois tornam os sintomas mais agudos. Um paciente com doença de Alzheimer pergunta a mesma coisa centenas de vezes, mostrando sua incapacidade de fixar algo novo. Palavras são esquecidas, frases são truncadas, muitas permanecendo sem finalização.

Evolução

A evolução da piora é em torno de 5 a 15% da cognição (consciência de si próprio e dos outros) por ano de doença, com um período em média de oito anos de seu início e seu último estágio. Com a progressão da doença passa a não reconhecer mais os familiares ou até mesmo a não realizar tarefas simples de higiene e vestir roupas. No estágio final necessita de ajuda para tudo. Os sintomas depressivos são comuns, com instabilidade emocional e choros. Delírios e outros sintomas de psicose são frequentes, embora difíceis de avaliar nas fases finais da doença, devido à total perda de noção de lugar e de tempo e da deterioração geral. Em geral a doença instala-se em pessoas com mais de 65 anos, mas existem pacientes com início aos quarenta anos, e relatos raros de início na infância, de provável cunho genético. Podem aparecer vários casos numa mesma família, e também pode acontecer casos únicos, sem nenhum outro parente afetado, ditos esporádicos.

 Prevenção




Todos os estudos de medidas para prevenir ou atrasar os efeitos do Alzheimer são frequentemente infrutíferos. Hoje em dia, não parecem existir provas para acreditar que qualquer medida de prevenção é definitivamente bem sucedida contra o Alzheimer. No entanto, estudos indicam relações entre factores alteráveis como dietas, risco cardiovascular, uso de produtos farmacêuticos ou atividades intelectuais e a probabilidade de desenvolvimento de Alzheimer da população. Mas só mais pesquisa, incluídos testes clínicos, revelarão se, de facto, esses factores podem ajudar a prevenir o Alzheimer.
A inclusão de fruta e vegetais, pão, trigo e outros cereais, azeite, peixe, e vinho tinto, podem reduzir o risco de Alzheimer. Algumas vitaminas como a B12, B3, C ou a B9 foram relacionadas em estudos ao menor risco de Alzheimer, embora outros estudos indiquem que essas não têm nenhum efeito significativo no início ou desenvolvimento da doença e podem ter efeitos secundários. Algumas especiarias como a curcumina e o açafrão mostraram sucesso na prevenção da degeneração cerebral em ratos de laboratório.
O risco cardiovascular, derivado de colesterol alto, hipertensão, diabetes e o tabaco, está associado com maior risco de desenvolvimento da doença, e as estatinas (fármacos para fazer descer o colesterol) não tiveram sucesso em prevenir ou melhorar as condições do paciente durante o desenvolvimento da doença. No entanto, o uso a longo prazo de anti-inflamatórios não-esteroides (AINEs) está também associado à menor probabilidade de desenvolvimento de Alzheimer em alguns indivíduos. Já não se acredita que outros tratamentos farmacêuticos, como substituição de hormonas femininas, previnam a doença. Em 2007, estudo aprofundado concluiu que havia provas inconsistentes e pouco convincentes de que o ginkgo tenha algum efeito positivo em reduzir a probabilidade de ocorrência do Mal de Alzheimer.
Atividades intelectuais como ler (ao contrário), escrever com a mão esquerda, disputar jogos de tabuleiro (xadrez, damas, etc.), completar palavras cruzadas, tocar instrumentos musicais, ou socialização regular também podem atrasar o início ou a gravidade do Alzheimer. Outros estudos mostraram que muita exposição a campos magnéticos e trabalho com metais, especialmente alumínio, aumenta o risco de Alzheimer. A credibilidade de alguns desses estudos tem sido posta em causa até porque outros estudos não encontraram a mínima relação entre as questões ambientais e o desenvolvimento de Alzheimer.
Atitudes simples do dia a dia podem reduzir as chances de desenvolver a doença. Uma delas é reduzir ao máximo o contato de alimentos com o alumínio. Ele está presente em panelas que armazenam as sobras do almoço para o jantar, ou vice-versa. Ao ficarem na geladeira, por exemplo, aos poucos a panela solta pequenas partículas de alúminio que contaminam o alimento, dê preferência por armazenar as sobras em recipientes de plástico, e volte para a panela somente quando for aquecer. Evite também o uso excessivo de papel alumínio para embrulhar os alimentos, sobretudo em lanche para as crianças. Dê preferência por potes de plástico, que além de conservar melhor o alimento sem amassá-lo, evita o gasto com o papel e ajuda a natureza na hora de reciclar, reduzindo o lixo produzido.
Muitas vezes não é possível discernir todas as fases da doença. Pois um paciente que ainda está na primeira fase já pode apresentar dificuldades de locomoção por exemplo, e outro paciente que já se encontra em fase terminal ainda fala com fluencia (embora sejam frases sem sentido nenhum e até mesmo xingamentos).

Tratamento

O tratamento visa a confortar o paciente e retardar o máximo possível a evolução da doença. Algumas drogas são úteis no início da doença, e sua dose deve ser personalizada. São os inibidores da acetil-colinesterase, medicações que inibem a enzima responsável pela degradação da acetilcolina produzida e liberada por alguns neurônios no cérebro (como os do núcleo basal de Meynert). A deficiência de acetilcolina é considerada epifenômeno da doença de Alzheimer, mas não é o único evento bioquímico/fisiopatológico que ocorre. Mais recentemente, um grupo de medicações conhecido por inibidores dos receptores do tipo NMDA (N-Metil-D-Aspartato) do glutamato entrou no mercado brasileiro, já existindo no europeu há mais de uma década. A memantina é tal droga, e sua ação dá-se pela inibição da ligação do glutamato, neurotransmissor excitatório do sistema nervoso central a seus receptores. O glutamato é responsável por reações de excitotoxicidade com liberação de radicais livres e lesão tecidual e neuronal. Há uma máxima na medicina que diz que uma doença pode ser intratável, mas o paciente não.
Recentemente, um estudo conseguiu desenvolver um meio de reverter alguns sintomas do Mal de Alzheimer em questão de minutos.



Doença de Alzheimer: O que há de Novo?
Dr. João Roberto D. Azevedo
 
A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência na velhice. Acredita-se que existam 15 milhões de pessoas no mundo com a doença. Caracteriza-se pela perda da memória associada à deterioração das funções intelectuais, emocionais e cognitivas. Ocorre entre homens e mulheres, na mesma proporção, sendo que incide em 8% da população de idosos. Pode ter inicio ao redor dos 50 anos, mas é mais freqüente em idades mais avançadas. É uma doença de caráter progressivo.
 
É devida à disfunção das células nervosas, de causa ainda desconhecida, que provoca a diminuição de um hormônio neurotransmissor de grande importância na função cerebral (acetilcolina). Sabe-se que se trata de doença com caraterísticas hereditárias, sendo freqüente em pessoas da mesma família.
 
O inicio da doença é discreto, com esquecimentos, confusão com datas, dificuldade para saber dia, mês, ano. É muito característica a dificuldade em memorizar fatos recentes. Evolui progressivamente com o aparecimento de dificuldade para realizar pequenas tarefas domesticas, como realizar compras, cozinhar, etc. A pessoa passa a ter dificuldade na fala e não consegue manter raciocínio lógico. Há diminuição na concentração e na atenção. Ocorre o afastamento social. A desorientação no tempo e no espaço tende a piorar progressivamente. Há perda da capacidade de fazer cálculos, da leitura e da escrita. O humor se torna variável, com momentos de raiva, choro, depressão e agressividade. Evolui para dificuldade em se alimentar, e também em fazer a higiene pessoal.
 
O diagnóstico é de exclusão com outras demências (aterosclerótica, por ex), com manifestações de certas intoxicações (por drogas tipo tranqüilizantes, alcoolismo, etc), com certas infecções (encefalites), com manifestação de hipotireoidismo e com seqüela de traumatismo de crânio. Os mais modernos exames que estudam o sistema nervoso, como a tomografia cerebral ou a ressonância nuclear magnética podem se mostrar normais ou apresentar sinais de atrofia cerebral. O diagnóstico definitivo é dado pelo encontro de alterações características na biopsia cerebral:. Não deve ser confundida com as alterações de memória ("lapsos de memória") muito comuns em qualquer idade e que se acentuam na velhice, ou com estados de emoção ou depressivo e também com a intoxicação pelo uso excessivo de medicamentos tranqüilizantes. Estes "lapsos de memória" são processos benignos e nunca são acompanhados de outras alterações como ocorre na Doença de Alzheimer.
 
Não há cura para a doença, não havendo tratamento específico. A medicação deve melhorar ou pelo menos desacelerar as perdas cognitivas. O F.D.A. norte-americano, ao avaliar a eficiência de uma nova droga para o tratamento da doença de Alzheimer, utiliza metodologia que se baseia nas variações de memória, orientação, atenção, raciocínio, tirocínio, linguagem e da atividade motora. A medicação deve atuar objetivamente nestas funções e a avaliação é feita pelo menos durante 6 meses. As medicações conhecidas provocam o aumento da atividade central de acetilcolina. A tacrina, e o donepezil são substâncias que aumentam a acetilcolina cerebral e as únicas que foram aprovadas pelo F.D.A. A tacrina tem sido pouco utilizada devido aos seus efeitos colaterais enquanto o donepezil apresenta melhores resultados com menores efeitos colaterais. A revastigmina também aumenta o nível de acetilcolina e apresenta efeitos considerados positivos, já tendo sido liberada para uso comercial na Europa. O metrifonato, utilizado como vermífugo, também produz aumento da acetilcolina cerebral podendo ser útil no tratamento da doença, mas gera efeitos colaterais negativos. Entretanto este tratamento é paliativo, possuindo resultados bastante discretos.
 
A vitamina E (alfa-tocoferol) e a siligilina também tem sido usados no tratamento da doença de Alzheimer, ambos tendo ação antioxidante, produzindo um desaceleramento do processo de envelhecimento celular, retardando o desenvolvimento da doença. A Gingko biloba, derivada de conhecida erva, está sendo indicada como promover melhora das funções cognitivas.
 
O tratamento também se baseia em medicamentos sintomáticos, atividades físicas e mentais, sendo fundamental a constante estimulação da pessoa doente. Estes cuidados podem retardar a evolução da doença. Neste processo a participação da família é fundamental e deve começar pela compreensão da doença. A educação dos familiares e cuidadores é peça fundamental no processo terapêutico. A manutenção da dignidade e do auto respeito deve ser uma constante. O paciente deve ser estimulado a manter atividades, como exercícios físicos, afazeres domésticos, e se possível, participação de atividades sociais com outras pessoas. Os exercícios de memória devem ser estimulados (Oficina da Memória). A terapia ocupacional tem grande importância no tratamento. Nas situações de ansiedade ou agitação devem ser utilizados tranqüilizante suaves e ao se observar quadro depressivo este deve ser tratado da maneira convencional. Os pacientes devem possuir junto a si informações sobre a doença e seu endereço, pois com freqüência saem de casa para perambular e se perdem.
 
A preocupação com a prevenção da doença tem sido motivo de inúmeros trabalhos científicos. A identificação de fatores hereditários, a reposição hormonal, o uso de drogas anti-inflamatórias e até o desenvolvimento de vacina estão sendo consideradas.
 
A terapêutica molecular, que irá atuar sobre os genes alterados, parece ser o futuro do tratamento da doença de Alzheimer.
Dr. João Roberto D. Azevedo
Médico neurocirurgião
 
 
 
 

Cientistas anunciam maior avanço contra Alzheimer dos últimos 15 anos

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da Efe, em Londres


Dois grupos de cientistas, um do Reino Unido e outro da França, deram um grande passo nas pesquisas sobre o mal de Alzheimer, ao identificar três novos genes relacionados à doença, o que pode reduzir em até 20% seus índices de incidência.
Saiba mais sobre o mal de Alzheimer
À frente da equipe de pesquisa sobre o tema no Reino Unido, Julie Williams, professora da Universidade de Cardiff, afirmou que se trata "do maior avanço conseguido na pesquisa sobre Alzheimer nos últimos 15 anos". O estudo foi divulgado pela revista "Nature Genetics".
Os pesquisadores asseguraram que se as atividades dos genes descobertos forem neutralizadas, poderiam prevenir, em uma área como a do Reino Unido (com uma população de 61 milhões de pessoas), 100 mil novos casos por ano do variante mais comum do mal de Alzheimer, sofrido em idade mais avançada.
Genes
A identificação destes três genes é a primeira desde 1993, ano no qual uma forma mutante de um gene chamado APOE foi responsabilizada por 25% dos casos diagnosticados da doença.
Dois destes três novos genes, denominados clusterina (ou CLU) e PICALM, foram identificados pela equipe britânica, e o terceiro, denominado receptor complementar 1 (ou CR1), pela equipe francesa.


O gene clusterina é conhecido por sua variada propriedade protetora do cérebro e, da mesma forma que o APOE, ajuda o cérebro a se desfazer dos amilóides, uma proteína potencialmente destrutiva.
A novidade é que, segundo o estudo, estes genes também ajudam a reduzir as inflamações que danificam o cérebro, causadas por uma excessiva resposta do sistema imunológico, função que compartilha com o CR1.
Os cientistas acreditam que a inflamação cerebral pode ter um papel muito mais importante no desenvolvimento do mal de Alzheimer e que poder interagir com estes genes abre as portas para tratamentos novos e mais eficazes.
O mal de Alzheimer, para o qual não há um tratamento eficaz, é uma doença neurodegenerativa que se manifesta através de uma deterioração cognitiva e de transtorno de conduta, devido à morte dos neurônios e de uma atrofia cerebral.










Doente com Alzheimer
Com sintomas que vão desde a perda de memória, perturbações de sono, confusão, agitação, incapacidade de comunicar, incontinência, depressão, comportamentos agressivos e perigosos, há vários cuidados a ter em conta quando se lida diariamente com um doente com Alzheimer.
  • A maior parte dos doentes com Alzheimer passa a viver no passado, uma vez que já não se conseguem lembrar do que fizeram ontem, dos nomes das pessoas com quem habitualmente lidam, números de telefone ou conversas recentes. Por norma, a memória de longa duração não é afectada, ou só o é já em fases adiantadas da doença, o que significa que o passado do doente passa a ser o seu presente, sendo que os eventos recentes são pura e simplesmente esquecidos. Será mais fácil, para todos, adaptar-se ao doente e não ao contrário, ou seja, fazer um esforço para viver a realidade actual da pessoa, mesmo que seja uma época da sua vida de há 20 anos atrás. Pelo menos assim há a possibilidade de recordar e conversar, aproveitando o facto do doente continuar atento e comunicativo.
  • Sem querer tornar a sua casa numa prisão e o doente num prisioneiro, promova um ambiente seguro: retire da casa de banho pequenos electrodomésticos como secadores ou máquinas de barbear; feche à chave armários com produtos perigosos ou quartos onde o doente corre algum risco de se magoar; coloque barreiras de segurança nas escadas; muitos doentes já não reconhecem o seu próprio reflexo e, por isso, os espelhos ou vidros podem confundir ou assustar uma pessoa com Alzheimer – se isso acontecer, opte por arruma-los ou cobri-los. Disponibilize um espaço amplo, limpo e tranquilo onde ele possa estar à vontade; rodei-o de objectos familiares, como fotografias ou outras lembranças pessoais.
  • O que deve evitar? Ambientes muito barulhentos ou com muita gente (podem agitar o doente, levando-o à “fuga”); apressá-lo com seja o que for (as rotinas diárias como tomar banho, vestir e comer tornam-se difíceis e até perigosas para executarem sozinhos, por isso, ajude-o a manter a sua dignidade); não fale sobre a pessoa e as dificuldades da doença à sua frente (se possível, é fundamental continuar a promover a independência do doente e as suas relações sociais).
  • Pelo menos 60% de todos os doentes com Alzheimer acabam por vaguear e não conseguem voltar ao seu ponto de partida. Não deixe portas e/ou janelas abertas; evite pedidos para ir levar o lixo ou levantar o correio sozinho; retire-lhe as chaves do carro se achar que a sua condução possa representar um perigo para ele ou para os outros.
  • A comunicação ou falta dela pode ser um grande desafio. Muitos doentes têm dificuldade em formular frases completas, outros deixam de falar por completo. Fique atento à linguagem corporal e às suas expressões faciais e não se esqueça que conhece bem esta pessoa. Se sempre gostou de música clássica, ponha um CD a tocar; se é um apaixonado por futebol, ligue a televisão na altura de um jogo; mime o doente com carinhos e afectos, um forte abraço ou apenas a sua companhia podem fazer maravilhas.
  • Não é o Alzheimer em si que provoca a morte, mas sim as infecções e doenças que podem surgir em sequência desta. Há que ser rigoroso: estabeleça e cumpra os horários da toma da medicação e de ir à casa de banho; certifique-se que o doente beba muita água; se verificar alterações nos hábitos alimentares ou de sono vá ao médico; as mudanças de comportamento e de estado de espírito – como ansiedade, querer estar sozinho ou tristeza – também devem ser vigiadas.
  • Manter a mente e o corpo activos é fundamental. Tarefas de reduzida dificuldade, como apanhar ou dobrar a roupa, mantêm as pessoas ocupadas, sem as frustrar ou aborrecer. Existem muitas actividades que podem e devem realizar-se com um doente de Alzheimer, até para estimular os sentidos: dançar, cantar, jardinar, pintar, caminhar, conviver com crianças, cozinhar, fazer a manicure ou tratar do seu cabelo, são apenas alguns exemplos.
  • Pode surgir a altura em que os cuidados que o doente necessita já não possam ser administrados em casa. Quando assim for, procure um lar ou casa de repouso com experiência no tratamento de doentes com Alzheimer. 




O diagnóstico precoce é decisivo para o tratamento.

O tratamento disponível atualmente nos permite basear a estratégia terapêutica em três pilares: melhorar a cognição,retardar a evolução e tratar os sintomas e as alterações de comportamento.

A terapia colinérgica é a mais utilizada podendo inclusive melhorar efetivamente a cognição e a funcionalidade em um grupo restrito de pacientes, cerca de 20% a 33%. Alguns autores propõem que essa terapia deve ser iniciada logo que os primeiros sintomas apareçam, mesmo que o processo demencial ainda não esteja completamente instalado retardando o curso natural da enfermidade.

O tratamento colinérgico visa melhorar a transmissão colinérgica a nível cerebral. O nível de acetilcolina (neurotransmissor decisivo no desempenho cognitivo) está diminuído na doença de Alzheimer (DA) por diminuição de produção ou por excessiva destruição pela ação da enzima acetilcolinesterase. Dessa forma os sintomas poderiam ser melhorados com o uso de agonistas colinérgicos ou por inibidores colinesterásicos, ambos aumentando a atividade colinérgica.

Todas as drogas aprovadas para uso, com exceção da memantina, são indicadas para pacientes que estão nas fases mais iniciais da doença quando o paciente ainda tem preservados  algum grau de cognição e/ou de independência funcional, daí a importância do diagnóstico precoce.
Sempre se deve ter em conta a necessidade de confirmar o diagnóstico antes de iniciar o tratamento específico, descartando todas as outras causas de demência, particularmente as potencialmente reversíveis.
A filosofia que deve nortear a decisão de iniciar o tratamento o mais cedo possível deve ser perseguida evitando-se retardar essa decisão atribuindo as perdas cognitivo-funcionais como decorrentes do processo normal de envelhecimento.

Não é raro, senão regra, pacientes serem medicados apenas quando o processo demencial já avançou muito, inviabilizando toda e qualquer possibilidade de melhora. Os temidos efeitos colaterais da primeira droga aprovada (tacrina) deixaram uma triste imagem do tratamento com anticolinesterásicos na classe médica, felizmente as drogas atuais são muito mais seguras.

Foi na década de 70 que as pesquisas comprovaram que a quantidade de acetilcolina a nível sináptico estava muito diminuída na doença de Alzheimer.



A acetilcolina é um neurotransmissor muito importante na comunicação interneuronal sendo a substância fundamental no mecanismo da memória e do aprendizado. É a quantidade (concentração) desse neurotransmissor, durante a sinapse, que vai permitir a fixação da informação, aprender coisas novas, resgatar informações antigas além de outras atividades intelectuais.
Todas as tentativas de aumentar a quantidade de acetilcolina a nível sináptico com o uso de agonistas colinérgicos fracassaram.


Fenda Sináptica com Vesículas de Acetilcolina
Em 1986 o New England Journal of Medicine publicou um trabalho demonstrando que uma nova droga chamada tacrina havia demonstrado ser muito eficaz, com resultados altamente animadores nos pacientes com doença de Alzheimer.

O modo de ação da droga era inovador, impedindo que a pouca acetilcolina que havia não fosse prontamente destruída pela enzima acetilcolinesterase, aumentando efetivamente de forma indireta a concentração dessa substância a nível sináptico .

A tacrina infelizmente não era uma droga segura, altamente hepatotóxica enfrentou grandes dificuldades para até ser aprovado pelo FDA em 1993 sob o nome comercial de Cognex. Praticamente não é mais prescrita.

A tacrina abriu um novo horizonte de pesquisa e grandes indústrias farmacêuticas passaram a pesquisar drogas com a mesma ação farmacológica, porém com menos efeitos secundários, mais seguras. Dessa maneira chega ao mercado, após serem aprovadas pelo FDA, em 1996  a donepesila, em 1988 a rivastigmina, e em 2001 a galantemina.

Todas essas drogas foram aprovadas pelo FDA, após rigorosos ensaios clínicos que demonstraram inequivocamente seus benefícios, melhorando o estado cognitivo, o desempenho nas atividades da vida diária e abrandando os distúrbios de conduta, desde que bem indicados e corretamente utilizados.

Essas 3 drogas demonstraram ser efetivas, especialmente para os pacientes em fases inicias da DA, aumentando a cognição e melhorando significativamente a sintomatologia.




 
Se bem que haja muitos esforços para encontrar a cura ou o controle da doença de Alzheimer (DA), pouca atenção tem sido dada ao tratamentoesforços para encontrar a cura ou o controle da doença de Alzheimer (DA), pouca atenção tem sido dada ao tratamento dos distúrbios de comportamento que fazem parte do quadro e sabe-se que, mais dia menos dia, eles irão ocorrer devendo ser corretamente diagnosticados e tratados.

Esses distúrbios são angustiantes para o paciente e atingem particularmente os familiares e cuidadores.

O tratamento e controle das alterações de comportamento são muito importantes. O manejo inadequado dessa questão pode determinar que o paciente seja institucionalizado, muitas vezes sem real necessidade.
Os antipsicóticos, ansiolíticos e antidepressivos estão disponíveis, mas não especificamente aprovados por organismos como o FDA (Food and Drug Administration), para serem utilizados na doença de Alzheimer. Não que os médicos não prescrevam e sim que prescrevem sem base sólida pela falta de uma investigação científica rigorosa.

Os poucos estudos disponíveis não são conclusivos, muitas vezes mal desenhados, com amostragens não representativas e não controlados. 
A principal missão do FDA  é de regulamentar e de controlar de que maneira a indústria farmacêutica divulga e promove seus produtos ( claims) , protegendo a população, inclusive a classe médica, de falsas promessas. Um passo nessa direção foi dado pelo FDA em 9 de Março de 2000 em Rockville, Maryland, EUA, por ocasião da reunião do seu comitê assessor em psicofarmacologia.

Foram convidados, as indústrias farmacêuticas, pesquisadores e entidades médicas envolvidas com essa questão.

Nessa reunião definiu-se as linhas gerais e os critérios a serem observados e que devem nortear o estudo e a indicação dessas drogas, novas e antigas. O FDA reconheceu o distúrbio de comportamento de pacientes com DA como uma entidade clínica definida e decidiu não aprovar nenhuma droga já existente especificamente para esse fim.

Deve-se ressaltar o enorme interesse econômico da indústria farmacêutica pois as cifras são absurdamente altas e crescentes como demonstrado:

Em um simpósio durante o “World Alzheimer Congress” em 2000, Jeffrey L. Cummings,  Professor de Neurologia e Diretor da Director da Faculdade de Medicina da UCLA “School of Medicine Alzheimer's Disease Center” em Los Angeles, apresentou um trabalho demonstrando que na população atendida em seu serviço a ocorrência desse distúrbio era extremamente comum e declarou que ser esse um dos maiores desafios no tratamento correto dos pacientes com DA.

Felizmente, mesmo com a falta de estudos sólidos, a maioria desses distúrbios podem ser controlados com a medicação disponível.

À medida que a doença evolui, comprometendo cada vez mais a cognição e a funcionalidade, os distúrbios comportamentais acabam por atingir cerca de 90% dos pacientes. Estados de agitação psicomotora afetam a metade deles. Vagância, agressividade, ansiedade e alucinações são comuns e determinam muitas vezes que esses pacientes sejam institucionalizados.

Depressão, inapetência, insônia e irritabilidade também são comuns. O uso de antidepressivos sempre deve ser considerado, mesmo em pacientes que não apresentam quadros clássicos.

O tratamento correto dessas alterações são muito importantes e melhoram significativamente a qualidade de vida não só do paciente como também dos que estão envolvidos em seus cuidados no cotidiano.

De uma maneira geral, os sedativos potentes e de meia vida longa devem ser evitados pois podem piorar muito o quadro e por vezes apresentam efeito paradoxal.

Drogas antipsicóticas devem ser usadas em dosagens seguras e suficientes para controlar crises de agressividade e vagância noturna. A escolha da droga vai depender dos efeitos colaterais, histórico da resposta anterior do paciente e também da experiência do médico com o manejo do medicamento.

Algumas vezes  vemos pacientes recebendo drogas antipsicóticas em altas doses e que por essa razão também recebem drogas antiparkinsonianas,  o mais comum é o biperideno com potente ação anticolinérgica. Deve-se questionar essa associação uma vez que existem alternativas mais lógicas e seguras.

Os ansiolíticos devem ser evitados e de preferência tentar inicialmente abordagens não medicamentosas. Só se essas tentativas fracassam ou não são viáveis deve-se utilizar benzodiazepínicos e de curta ação como o lorazepan (Lorax) por apresentar menos efeitos colaterais. Diazepínicos de longa duração como  diazepan e flurazepan, devem ser evitados.

Alguns clínicos relatam boa efetividade e segurança no uso de drogas anticonvulsivantes para tratar agitação e agressividade como a carbamazepina (Tegretol).



DELUSIONS (Ilusões)
Não existe uma boa palavra em português para definir corretamente esse sintoma. Conhecemos e identificamos esse distúrbio como, fantasia, paranóia, etc.

Essa dificuldade de definição do termo tem sido objeto de muita polêmica e de artigos médicos, que discutem os critérios utilizados na conceituação desse sintoma. Simplesmente dizer que a pessoa “imagina coisas que não existem”, é insuficiente.
Pessoas que comungam crenças religiosas, culturas diversas e exóticas, realmente acreditam em certas coisas que outras não acreditam, e nem por isso devem ser rotuladas de “um sintoma”.
A sensação de estar sendo seguido, perseguido, ameaçado sexualmente, ameaçado de morte, de que “aquelas pessoas conversando estão  conspirando, falando mal de mim” fazem parte dessa manifestação clínica. Em uma perspectiva histórica, August D., a primeira paciente, apresentou como primeiro sintoma, uma crise infundada de ciúmes de seu marido.

Estudos mostram que esse problema é muito freqüente afetando de 25 a 50% dos pacientes com DA. Essa manifestação normalmente apresenta-se associada com alucinações, agitação e reações catastróficas.

O uso de antipsicóticos pode melhorar muito esse sintoma, nunca se esquecendo de seus potenciais efeitos colaterais.

Apenas dois mas, excelentes estudos, com desenho, multicêntrico, duplo-cego, placebo-controlado, de pacientes com essa sintomatologia, estudaram a eficácia de drogas antipsicóticas.

O primeiro ensaio concluiu que com o uso da risperidona com doses de 1 a 2mg, o controle do distúrbio era superior do observado nos placebos  porém isso não ocorria com doses de 0,5mg .

No segundo estudo, os pesquisadores examinaram os efeitos da olanzepina (Zyprexa) em pacientes com esse sintoma e com alucinações e agitação. Eles concluíram que os sintomas eram controlados com  doses de 5 ou 15mg mas os resultados também  demonstraram que só com a dose de 15mg a eficácia era melhor quando comparada com os placebos.

AGITAÇÃO

A agitação é o distúrbio de comportamento mais comum afetando mais de 75% dos pacientes com DA e que aumenta sua freqüência à medida que a doença evolui.

A agitação costuma cursar com ansiedade, ilusões e irritabilidade. Nunca é demais relembrar a possibilidade de estarmos diante de um quadro que tem uma causa, um motivo, podendo ser desde dores, medicamentos ou fatores ambientais. Pacientes com DA não  conseguem expressar o que sentem, frio, calor, fome, sede, dor, etc. Infecções do trato urinário também podem levar a esse quadro.

Cabe aqui um parêntese e um alerta. Não é raro que, os familiares de pacientes com agitação, ou os responsáveis pelas “casas de repouso”, pressionem o médico para medicar ou aumentar a dose de sedativos, muitas vezes pelo telefone, isso quando não decidem aumentar por conta própria com conseqüências muitas vezes dramáticas. Essa angústia é facilmente entendida  mas, se não temos oportunidade de examinar o paciente entendemos que devemos resistir a essa pressão. O vínculo, familiar – médico, deve ser de confiança. Os dois precisam saber que o que estamos às vezes negando  é para o bem do paciente.
Numerosas drogas são utilizadas para controlar a agitação.
Antipsicóticos, ansiolíticos e anticonvulsivantes além dos antipsicóticos “atípicos” como a risperidona (Risperdal) que recebem essa denominação por não apresentarem efeitos anticolinérgicos graves, entretanto só os antipsicóticos atípicos e os anticonvulsivantes demonstraram ser eficazes em ensaios duplo-cegos, placebo-controlados.

Em um estudo, doses flexíveis (0.5 a 4,0 mg/dia) de risperidona foram significativamente superiores aos placebos em pacientes, mostrando melhores pontuações na avaliação feita a partir do “Cohen-Mansfield Agitation Inventory”;  doses similares de haloperidol não foram positivas.
Desde que o uso de haloperidol (Haldol) representa uma perda de 2 pontos no Mini-Exame do Estado Mental (Folstein),além dos efeitos anticolinérgicos pronunciados, parece que o uso dos antipsicóticos atípicos são mais indicados como primeira opção.

No estudo citado anteriormente, a olanzapina-neuroléptico tienobenzodiazepínico-(Zyprexa) na dose 5 ou 10mg, reduziu a agitação avaliada pelo “Neuropsychiatric Inventory” em 4 pontos, o dobro do benefício verificado com o uso de placebo. Entretanto mais uma vez a dose de 15mg não demonstrou eficácia, reforçando a possibilidade dessa droga ter uma “janela terapêutica”.

Enquanto não existe uma base neuroanatômica para o entendimento da agitação relacionada com a DA, Dr Cummings, naquele mesmo congresso, relatou que ele e seus colegas haviam identificado alguns fatos animadores :
“Examinamos algumas amostras de material obtido por necrópsia de pacientes com DA confirmada e aí fizemos uma retrospectiva com os dados do” Neuropsychiatric Inventory, “Encontramos, nos pacientes com histórico de agitação, uma quantidade muito maior de novelos neurofibrilares no lobo frontal quando comparado com os que tinham DA mas que não apresentavam agitação”.
'A parte remanescente do córtex frontal estava preservada e o número de placas amilóides não era diferente entre esses dois grupos'.
'Acho que não estamos muito longe de entender a neurobiologia dos distúrbios de comportamento na doença de Alzheimer “, concluiu.

DEPRESSÃO

Comparada com os sintomas psicóticos, a depressão maior, é menos freqüente na DA, afetando de 6 a 10% dos pacientes. Entretanto cerca de 40% apresentam “sintomas depressivos”, que podem piorar seriamente a dependência funcional. Esse é mais um motivo que nos leva a tratar esses pacientes, não apenas pela alteração do  humor,como também na preservação e até melhoria do estado funcional.

Acreditamos que mais do que 40% dos pacientes apresentam esse transtorno afetivo e, quando corretamente medicados, apresentam sensível melhora de um modo geral.
Atualmente, a  maioria dos pacientes com DA são medicados com os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS), que só é descontinuada se após 4 meses o paciente não apresentar benefício significativo.
Muitas vezes, após a retirada da medicação, observa-se um declínio importante tanto na cognição como nas atividades básicas e/ou instrumentais da vida diária o que determina a reintrodução da droga.
Os antidepressivos tricíclicos devem ser evitados por sua marcada ação anticolinérgica.
Poucos estudos bem controlados investigaram essa questão com profundidade e os raros publicados mostraram redução dos sintomas depois de seis semanas de tratamento justificando essa conduta.

Alguns clínicos iniciam sua estratégia terapêutica prescrevendo esse tipo de medicação antes de introduzir o tratamento específico.
Os inibidores seletivos da recaptação de serotonina são a classe de escolha por apresentarem menos efeitos colaterais; paroxetina (Aropax) , sertralina (Zoloft), citalopran (Cipramil), fluoxetina (Prozac) quando comparados com os tricíclicos que devem ser evitados por seu pronunciado efeito anticolinérgico.
A escolha da droga vai depender do perfil que se quer atingir pois algumas têm ação sedativa e ansiolítica enquanto que outras não apresentam essas características. Alguns antidepressivos interagem com alguns anticolinesterásicos devendo merecer uma avaliação quando da indicação.

ANTICOLINESTERÁSICOS

Se bem que os inibidores na colinesterase sejam tipicamente indicados por seus efeitos cognitivos, eles também auxiliam no controle dos distúrbios de comportamento.
 Embora as evidências que apóiam o uso para esse fim sejam quase sempre indiretas existem algumas maneiras de entender o impacto que essas drogas causam.
Estudos epidemiológicos demonstraram que por exemplo; pacientes com DA que estavam sendo medicados com donepesila, usavam muito menos antidepressivos, antipsicóticos e ansiolíticos quando comparados com os que não usavam  o anticolinesterásico. Esse fato ilustra bem o efeito que essas drogas possuem sobre  o comportamento dos pacientes com DA.

Dentre alguns ensaios semelhantes, um deles mostrou que pacientes com DA que estavam internados em uma “Nursing Home”, com no mínimo 3 pontos no “Neuropsychiatric Inventory”, receberam rivastigmina. Na 52ª semana, o nível de distúrbios de conduta e de alteração de humor, apatia, ilusão, alucinaçõesemelhantes, um deles mostrou que pacientes com DA que estavam internados em uma “Nursing Home”, com no mínimo 3 pontos no “Neuropsychiatric Inventory”, receberam rivastigmina. Na 52ª semana, o nível de distúrbios de conduta e de alteração de humor, apatia, ilusão, alucinações e abulia cognitiva, haviam diminuído sensivelmente. Foi surpreendente verificar que a medicação não teve nenhum efeito sobre a agitação demonstrando a heterogeneidade clínica desses sintomas assim como da variedade da resposta farmacológica.

A combinação dessas drogas é muitas vezes necessária para se atingir o objetivo do tratamento porém, não se deve perder de vista que a maioria desses pacientes são idosos, que recebem outros medicamentos para o controle de doenças concomitantes e que assim a interação medicamentosa é esperada e deve ser evitada.


Zacharias -Michelangelo
A população mais afetada pela DA pertence à faixa etária geriátrica devendo-se portanto levar em conta as peculiaridades clínicas desse grupo especial de pacientes.

A farmacocinética e a farmacodinâmica modificam-se com o processo de envelhecimento. Vários sistemas apresentam desempenho funcional diminuído alterando a absorção, distribuição e metabolismo das drogas. Isso ocorre especialmente no trato gastrintestinal, renal, hepático, na relação gordura/músculo, nível de albumina e hipersensibilidade de receptores a certas substâncias aumentando a possibilidade de interação.

Algumas regras sempre são úteis quando se prescreve para pacientes idosos: iniciar com doses pequenas e ir aumentando devagar, introduzir uma medicação por vez e evitar ao máximo a polifarmácia.
Nunca esquecer que drogas com efeito sedativo podem levar à hipotensão ortostática resultando em quedas, levando a fraturas de fêmur com suas complicações, limitações e muitas vezes à morte.

É essencial que o médico, os familiares e o cuidador estejam em permanente contato, agindo em conjunto, para que o paciente possa estar protegido de iatrogenias por falta de orientação além de fornecer informações corretas para que o tratamento possa ir sendo ajustado de acordo com o caso.

Os familiares e cuidadores devem estar informados sobre o curso e da evolução esperada da doença.
 Saber com antecedência o que pode ocorrer e o que se pode esperar em termos de resultados da terapêutica adotada, diminui a ansiedade, o medo do desconhecido e colabora com um padrão melhor de cuidados.





 


Vários estudos estão em curso na tentativa de esclarecer que outras drogas poderiam retardar a evolução da doença de Alzheimer. Esses estudos são preliminares e seus resultados devem ser comprovados em ensaios controlados e bem conduzidos.

Drogas que reduzem o colesterol sérico, antiinflamatórios, antioxidantes e estrógenos são algumas das substâncias que estão sendo estudadas com esse propósito.
Os resultados preliminares são conflitantes.


Drogas Antiinflamatórias


Pessoas que recebem grandes doses de antiinflamatórios não hormonais (AINH), geralmente para tratar doenças reumatológicas, apresentam, de acordo com alguns estudos, menor probabilidade de desenvolver a doença. AINH,  que são vendidos mesmo sem receita médica como a aspirina entre outros como também outras de receituário como: Celebra (celecobix) e o Vioxx ( retirado do mercado mundial em outubro de 2004) -(rofecoxib)-, poderiam ter a propriedade de reduzir o processo inflamatório a nível cerebral relacionado com a formação das placas neuríticas ,associada com a doença de Alzheimer, retardando efetivamente sua evolução.

Nenhum dos resultados até o momento são definitivos. Essas drogas devem ser estudadas, dentro desse objetivo, em ensaios rigorosamente desenhados e bem controlados,antes que esses potenciais benefícios sejam colocados em prática.
 Um desses ensaios “Alzheimer´s Disease Anti-Inflammatory Prevention Trial (ADAPT)” foi iniciado em 2001 com o objetivo de testar a eficácia de alguns AINH na prevenção da doença de Alzheimer. O estudo com mais de 2.500 participantes, sem demência, com 70 anos ou mais, é uma iniciativa da NIA e deverá apresentar suas conclusões em  5 ou 7 anos.



Antioxidantes

Radical Livre
Pesquisadores também estão examinando se o uso de agentes antioxidantes como a Vitamina E, Vitamina C, selênio, seleginina e caroteno poderiam diminuir ou anular as ações maléficas a nível celular dos radicais-livres, (compostos que têm um papel fisiológico quando em concentrações adequadas). As defesas orgânicas desempenham bem esse papel mas declinam com o processo de envelhecimento.

Alguns estudos sugerem que os antioxidantes podem proteger as células e adiar o início da doença. Porém, um estudo com duração de 4 anos com cerca de 1.000 idosos realizado na Columbia University demonstraram que consumindo essas substâncias em dietas ou usando suplementos não houve diminuição do risco para o desenvolvimento da doença de Alzheimer. Os resultados desse estudo foram publicados em Fevereiro de 2003 “Archives of Neurology”.
O chamado "Teste do Cabelo" e suas  variantes  preconizados por poucos para determinar o grau do chamado " estresse oxidativo" é altamente questionável tanto do ponto de vista científico como também sob a ótica da ética médica não fazendo parte do arsenal de investigações médicas sérias e fundamentadas. 



Existem várias drogas com propriedades antioxidantes. Uma delas, a erva Ginkgo Biloba, usada na China há milhares de anos, em um estudo limitado, mostrou ter havido discreta melhora cognitiva, no comportamento social e nas atividades da vida diária como vestir e comer. Um estudo com cerca de 3.000 participantes está sendo conduzido pelo National Institutes of Health (NIH), investigando a eficácia do Ginkgo Biloba em prevenir ou retardar o declínio cognitivo em idosos.

O FDA (Food and Drug Administration) alerta que alguns suplementos podem interagir com as medicações prescritas pelo médico podendo levar a sérios danos. Aconselha que qualquer tipo de medicamento, inclusive ervas e os
compostos ditos “naturais” só devem ser indicadas pelo médico.

CONFUSÕES

Nunca acredite no que diz seu familiar sem antes verificar, quando, por exemplo, ele diz:
  • que se alimentou
  • que não foi alimentado
  • que tomou banho
  • que escovou os dentes
  • que desligou o gás
  • que foi roubado
  • que foi agredido
  • que estão falando mal dele
  • que está sendo traído, etc.
O inverso também pode ocorrer. O paciente poderá debater-se, rebelar-se e acusá-lo de alguma forma, quando, na verdade, você quer protege-lo. Não tente ter razão, nem convence-lo do contrário. Aguarde alguns minutos até que ele próprio esqueça a situação.

CRISE

Os acidentes chegam sempre no momento em que você está mais agoniado; quando você se sente no limite de sua resistência; quando está nervoso ou irritado. Nos momentos de crise, recobre o fôlego, até dominar a situação novamente. Isto não leva mais que alguns minutos. Da sua tranquilidade depende a tranquilidade do seu familiar e, quem sabe, a sua vida.

CUIDADOR

Cuidar de um paciente com Alzheimer é uma atividade que requer muita paciência e sensibilidade. Em geral, torna-se bastante exaustiva, pelo tempo em que se prolonga. Mas o cuidador não precisa ser um super-herói, e nem julgar-se sem competência para a função. Muitas pessoas, ao saber do diagnóstico da doença, decidem dedicar-se exclusivamente ao familiar em questão. Embora pareça necessário, isto é desaconselhável. Familiares que se dedicam apenas ao doente correm maior risco de depressão e distúrbios de imunidade. É bastante natural que a pessoa que cuida esteja sujeita à irritação e possa mesmo perder a calma. Nesta situação, é necessário contar com uma segunda pessoa, que também já esteja acompanhando o paciente, para que o cuidador possa retirar-se para relaxar ou dedicar-se a outra tarefa. Ainda assim, muitos motivos podem pesar para que o cuidador não sinta motivação para seu próprio lazer. Porém, no mínimo, algum período para uma caminhada, ou uma conversa amigável, deve ser procurado, a fim de repor energias. Bem ou mal, o paciente refletirá automaticamente o estado de ânimo das pessoas que estiverem ao seu redor.

DINHEIRO

Os sintomas iniciais de Alzheimer interferem diretamente na relação com dinheiro e as finanças. As dificuldades em fazer conta e reconhecer o valor das cédulas podem acarretar algumas "trapalhadas". O problema pode tornar-se mais grave se o familiar acometido pela doença confiar em pessoas inescrupulosas. Os bens da família precisam ser, nesses casos, resguardados. Por outro lado, como o doente perde a noção de valor, é comum, também, que possam sentir-se roubadas, até em relação aos familiares. Uma pessoa de confiança, preferencialmente alguém com quem o doente se dava melhor antes do início dos sintomas, deve passar a assessorá-lo nas finanças. Esta pessoa ajudará a manter uma contabilidade bastante simplificada, para que o paciente possa acompanhar quando desejar. Isto será útil para tranqüilizá-lo, no sentido de que algum controle está sendo feito. Talões de cheque, cartões de crédito, contas bancárias, são itens a serem controlados, a fim de evitar gastos indevidos ou além das possibilidades do doente. Certa dose de independência pode ser mantida, pelo paciente, disponibilizando-se pequenas quantias de dinheiro, se ele desejar. Em casos extremos, em que haja resistência do familiar em questão e bens a serem preservados, a família deve procurar auxílio judicial, através do qual se processará, se for cabível, a interdição dos bens.

DIRIGIR

Os sintomas iniciais de Alzheimer interferem, também, diretamente na capacidade de dirigir veículos. Dificuldades em avaliar distância, tempo, quando diminuir a marcha, quando frear, são evidentes constrangimentos ao ato de dirigir. Soma-se a isto uma certa dose de desobediência às normas de trânsito. Confusão com placas, com as cores do farol, e mesmo a não aceitação explícita de regras, tornam a pessoa com Alzheimer um condutor perigoso. Geralmente os doentes percebem essas dificuldades a tempo e deixam de dirigir por conta própria. Porém, há casos de doentes reticentes. A família deve evidenciar o quanto arriscado é dirigir nessas condições e convencer o familiar com esse problema. Chaves e documentos do carro devem ser confiados a quem vai substitui-lo na direção. Se o carro não for mais utilizado, deverá ser vendido para evitar que o paciente seja estimulado a tirá-lo da garagem.

MUDANÇAS

Pacientes com Alzheimer sentem bastante as mudanças repentinas de ambiente. Quase sempre reagem contra as mudanças até que se acostumem à nova rotina. Então, esperam que essa rotina não mude. Mudar móveis de lugar, ou mesmo objetos, desorientam bastante o paciente. Colocar, por exemplo, uma geladeira no lugar de um armário poderá provocar a surpresa de se encontrar, dias mais tarde, um ferro de passar na geladeira. Quando uma mudança se torna necessária, procure oferecer ao paciente uma escolha entre duas alternativas: uma muito boa e outra que ele concordará ser ruim. Se a pessoa recusar as opções, não force; tente mais tarde, em outra situação.

SINTOMAS

Normalmente os sintomas iniciais são percebidos pelos familiares e não pela própria pessoa. Os sintomas podem ser diferentes para cada individuo e podem variar a cada dia. Alguns desses sintomas são comuns a outras doenças que apresentam cura, de maneira que o diagóstico de Alzheimer é feito por exclusão das demais causas. Através de exames e testes médicos deve-se buscar identificar possíveis tratamentos. Dependendo da intensidade desses sintomas, deverão ser adequadas as formas de cuidar do paciente com Alzheimer.
  • Esquecimentos
  • Confusão com datas, dificuldade para saber dia, mês, ano, comemorações
  • Dificuldade para dar recados, organizar tarefas domésticas como compras, cozinhar, dirigir, etc
  • Dificuldade para fazer contas e para lidar com dinheiro
  • Diminuição da atenção e da concentração
  • Dificuldade para manter diálogo com seqüência lógica
  • Mudanças de comportamento, posturas que não eram comuns antes
  • Desconfiança exagerada, afastamento social, atitudes ingênuas com estranhos
  • Sabem o que estamos lhes pedindo, mas fazer é o problema

SINTOMAS PROGRESSIVOS

  • Perda da memória, de pessoas e fatos mais recentes para os mais antigos
  • Dificuldade para se localizar, perde-se nas redondezas de casa e mesmo dentro de casa
  • Dificuldade na higiene pessoal, vestir-se, alimentar-se
  • Incapacidade de tomar decisoes, necessidade de constante orientação e vigilância
  • Incapacidade de calcular tempo e espaço
  • Incapacidade de fala, leitura e escrita
  • Humor alterado ou imprevisivel, raiva, insatisfação, choro, agressividade, passividade
Comentário de Ana Paula. Meu nome é Ana paula e sou graduada em fonoaudiologia, pela UFRJ. Gostaria de lhe enviar um depoimento sobre o que viemos a constatar com a auto-hemoterapia. Sou de Cataguases e estava presente na palestra do Dr. Luis Moura. Minha avó tem 74 anos, a 11 anos é diabética e a 4 anos sofre do mal de Alzheimer. A mais o menos 6 meses procuramos um bom laboratorio em nossa cidade e iniciamos a s aplicações semanais de 10 ml de auto-hemo. O que aconteceu parece milagre. Minha avó que antes do tratamento tomava 60 pontos de insulina diariamente, agora só toma 20. Está andando melhor enxergando melhor, conversando melhor. Seu nível deconsciencia melhororu a tal ponto que hj ela voltou a falar ao telefone e reconhecer pessoas que havia esquecido. Sua conversa hoje é fluente o que é motivo de grande felicidade para minha família. Tanto para o diabetes quanto ao que diz respeito ao alzheimer minha avó obteve melhoras extraordinárias, é maravilhoso. Nós não iniciamos outro tratamento novo , demos continuidade aos medicamentos que ela ja tomava, a única coisa que acrescentamos foi a auto-hemoterapia, oque nos dá a certeza de que foi este tratamento que causou sua espantosa melhora. Muito obrigada a vocês por divulgarem este maravilhoso tratamento, parabéns pela determinação e humanidade. Agradeça por nós ao Dr. Luis Moura. Em nome de toda minha familia me coloco desde já a disposição parta qualquer ajuda. obrigada, (Ana Paula s. Gouvêa - Cataguases, 04 de agosto de 2007) 
Alzheimer Data: 31/03/2008 22:47 De: antonia IP: 189.12.248.28 Assunto: Re: Hemoterapia para alzheimer minha mãe tem alzheimer ha 4 anos e tem 4 meses q faz auto hemoterapia e estamos notando uma grande melhora nela, pois ela faz algumas coisas como: lavar louça, lava roupas leve varre casa se cuida toma banho conversa as vese entra em contradições mas esta bem disposta . Acho q com a cntinuidade a melhora vai cada vez aumentar em nome de Jesus. Eu estou muito otimista com a auto hemo, ela começou tomando 10ml agora aumentamos pra 20ml na minha cidade ja foi confirmado um caso em q uma mulher voltou ao normal. Então isso nos deixou mais otimista.Não sei pq a medicina ñ aprova eles falam q acontece isso ou aquilo mas e tudo mentira pois as pessoas q fazem a muito tempo e o q acontece e cura sou a favor da auto hemo e as pessoas ñ tem q ter medo de fazer se ñ fizer bem mal e q ñ faz.
Fiquei sabendo da auto-hemoterapia por um amigo que nos aconselhou á fazer pois minha mãe está com mau de alhzeimer e se submeteu a prótese do fêmur e estava sem caminhar o mesmo relatou algumas situações de cura, confiamos na terapia que para minha surpresa trouxe melhora quase que imediata, pois na mesma semana que se submeteu ao tratamento minha mãe começou a caminhar com nossa ajuda porém bem melhor doque estava anteriormente passando-se os dias ela está começando a dar os 1ºs passos sem segurá-la, está bem mais disposta, pesquisamos muito pela internet algum relato negativo com comprovação, mas não encontrei, só comentários doque pode causar como infecções, estou em uma situação delicada em continuar ou não com o tratamento pois na própria família tenho pessoas contra o tratamento porém ela mesma não quer parar o tratamento pois está se sentindo muito bem, e aumentou a vontade de caminhar, várias vezes ao dia ela solicita que auxilie a levantar e caminha um pouco, iríamos iniciar com fisioterapia porém devido a situação financeira não é possível pagar fisioterapia em casa ou esperar pelo sus, sendo que a auto-hemoterapia é mais barata e está de acordo com ossa situação financeira, pois minha mãe é aposentada e ganha apenas 1 salário mínimo, estou otimista em relação a sua recuperação, já ouvi algumas pessoas dizerem que a melhora é psicológica, não concordo pois minha mãe é muito negativa jamais iria colocar na mente que funcionaria se não funcionasse mesmo, acredito que em poucos dias ela estará recuperada do alhzeimer não espero melhora pois só Jesus para operar o milagre como creio NELE espero que ELE esteja agindo e operando o milagre.

ALZHEIMER

A doença de Alzheimer (DA) pronuncia-se (AU-ZAI-MER) é uma doença degenerativa, progressiva que compromete o cérebro causando:diminuição da memória, dificuldade no raciocínio e pensamento e alterações comportamentais. Definida por muitos como "mal do século", "peste negra", "epidemia silenciosa" etc. a DA é ainda pouco conhecida em nosso meio e tem efeito devastador sobre a família e o doente. Tida como uma doença rara, conhecida erroneamente como "esclerose" pela população em geral, a doença de Alzheimer representa para a comunidade sério ônus social e econômico. A DA pode manifestar-se já a partir dos 40 anos de idade, sendo que a partir dos 60 sua incidência se intensifica de forma exponencial. Existem relatos não documentados de DA aos 28 anos de idade. A doença de Alzheimer (DA) pronuncia-se (AU-ZAI-MER) é uma doença degenerativa, progressiva que compromete o cérebro causando:diminuição da memória, dificuldade no raciocínio e pensamento e alterações comportamentais. Definida por muitos como "mal do século", "peste negra", "epidemia silenciosa" etc. a DA é ainda pouco conhecida em nosso meio e tem efeito devastador sobre a família e o doente. Tida como uma doença rara, conhecida erroneamente como "esclerose" pela população em geral, a doença de Alzheimer representa para a comunidade sério ônus social e econômico. A DA pode manifestar-se já a partir dos 40 anos de idade, sendo que a partir dos 60 sua incidência se intensifica de forma exponencial. Existem relatos não documentados de DA aos 28 anos de idade. Os sintomas mais comuns são: perda gradual da memória, declínio no desempenho para tarefas cotidianas, diminuição do senso crítico, desorientação têmporo-espacial, mudança na personalidade, dificuldade no aprendizado e dificuldades na área da comunicação. O grau de comprometimento varia de paciente para paciente e também de acordo com o tempo de evolução da doença. Na fase final o paciente torna-se totalmente dependente de cuidados.
Meu depoimento;    
    Eu tive a oportunidade de conviver com uma pessoa assim.
  No ano de 2009 eu cuidei de uma Senhora chamada Alice Bordini, convivi com toda as dificuldades dessa mulher, muitas vezes em seus momentos de distubios, nós tinhamos que entrar no mundo dela, pois aprendi que a pessoa com alzheimer não vai mudar sua opinião então você tem que entrar no mundo dela, como por exemplo:
   Um dia ela não queria ir tomar banho, disse que só iria quando chegasse em sua casa, mas o que ela não imaginava é que já estávamos em sua casa, então eu disse a ela:
 _ Vó hoje é dia de irmos embora pra casa né, então vai tomando banho que quando chegarmos lá na casa você já tomou banho mesmo ai é só chegar e fazer janta né, vai indo pro banho que eu vou arrumando as malas.
  Então ela sem questionar se levantou e foi tomar seu banho, e ao sair do banheiro já não se lembrava mais.
  Jamais você deve falar alto com a pessoa doente de alzheimer, e falar bem de vagar se não ela se irrita e não te obedece.
  Eu aprendi a amar dona Alice que carinhosamente eu chamava de vó e ela me conhecia como sua neta, estive com ela até o momento final de sua vida.
  Muitas foram as experiências que tive com ela aprendi a amar mais ainda o idoso por causa dela,
hoje ela partiu, mas ainda vive em mim um pedacinho dela.
 Espero que este blog possa ajudar a tirar  suas dúvidas, Que Deus os abênçoe.
   Muitas saudades de você vó Alice.




Muitas particularidades da doença são comuns aos cuidadores, ou seja, quando um cuidador fala de uma determinada experiência, o outro sente que já passou, ou tem passado, pela mesma coisa. Apesar das semelhanças, o tempo e o espaço são diferentes, o que torna cada caso diferenciado dos demais. Conviver com um familiar acometido pela doença é uma tarefa para a qual ninguém está preparado. As dicas e as orientações sempre são bem vindas, pois podem clarear sentimentos e preocupações e apontar para iniciativas que se tornam necessárias. São condutas permeadas de muito amor, paciência e sabedoria. 


ANOITECER

Pacientes com Alzheimer sentem certa ansiedade ao anoitecer, com a diminuição da luminosidade do dia. Os ambientes escuros causam-lhes algum desconforto, na medida em que as sombras vão se misturando à penumbra, no final do dia. Quando o sol estiver se pondo, acenda as luzes do local onde o paciente se encontra, para que o ambiente continue claro.


ASSOCIAÇÕES

O Cuidador deve procurar entrar em contato com outras famílias, na cidade ou no bairro, que também têm familiar com Alzheimer. É muito importante o encontro entre os Cuidadores, para que eles troquem suas experiências e possam também desabafar. Uma sugestão é procurar uma assistência social na cidade, ou alguma associação, que possa ajudar a encontrar outras famílias com o mesmo problema. Na ausência de qualquer serviço desse tipo na cidade, deve-se pensar em criar um. É muito bom encontrar pessoas com a mesma preocupação e perceber que não se está sozinho. Existem muitos casos de Alzheimer e muitas pessoas que também não sabem direito o que fazer. A ABRAZ, Associação Brasileira de Alzheimer, tem sede em São Paulo e associados em vários Estado.



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